Pecten revolutus var. espichelensis Veiga Ferreira, 1961
VEIGA FERREIRA, O. DA. 1961. Pectinídeos do Miocénico da Bacia do Tejo. Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal, 45: 419-465, pls. 1-21. [p. 427, pl. 18, fig. 134]
«Pecten revolutus MICHELOTTI
var. espichelensis var. nov. Est. XVIII, fig. 134 Análise
A valva direita é muito encurvada, convexa, vértice agudo e muito recurvo. Costelas visíveis mas não salientes. Pelo lado interno da concha são bem visíveis, por vezes em relevo. O bordo cardinal é recto. No vértice as costelas são nítidas, muito finas e juntas. Orelhas grandes, com fortes lamelas de crescimento. A concha é lisa, com a excepção do bordo paleal, onde as lamelas de crescimento são fortes, juntas e concêntricas. A valva esquerda é plana numa das faces e côncava na outra, ornamentada por costelas quadrangulares pouco salientes, um pouco mais estreitas que os intervalos e percorridas por 2 a 3 costelazinhas fortes. Orelhas escavadas com costelazinhas radiais em número de 4. Bordo cardinal recto. Esta variedade vem mencionada e figurada como P. revolutus em DEPERET & ROMAN [1902] sobre exemplares provenientes do Burdigaliano da Província de Oran. A var. espichelensis agora criada é mais robusta e de maiores dimensões. A valva direita é mais comprida, tem o vértice mais agudo, é muito mais encurvada, com o ângulo apical mais estreito, costelas mais visíveis, orelhas muito grandes e lamelas de crescimento fortes. P. revolutus é muito redondo, liso e de ângulo apical muito aberto. Na valva esquerda as diferenças entre P. revolutus e a var. espichelensis são pequenas, podendo-se dizer que a espécie tipo tem a valva esquerda menos côncava, mais lisa, com áreas laterais menos elevadas e menos estriadas, orelhas sem costelazinhas radíais, etc. Distribuição estratigráfica Portugal Continental -- P. revolutus var. espichelensis é conhecida apenas no Burdigaliano da Foz da Fonte. Localidades: Foz da Fonte. No estrangeiro — A forma descrita por Déperet & Roman como P. revolutus proveniente de Argélia e Oran foi assinalada no Burdigaliano. Esta forma em nosso entender pertence á var. espichelensis agora criada.» OCTÁVIO DA VEIGA FERREIRA, 1961
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O. da Veiga Ferreira, 1961,
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