Flabellipecten pragalensis Veiga Ferreira, 1953
VEIGA FERREIRA, O. DA. 1953. Espécies novas de Pectinídeos do Miocénico Portugues. Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, 11 (1): 79-85, pls. 1, 2. [p. 81, pl. 1, figs. 1, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 11]
1953 Flabellipecten pragalensis Veiga Ferreira, 1953
O. da Veiga Ferreira, 1953, plate 1.
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«Sinonímia: Pecten pragalensis Cotter, in col.
Material: Quatro valvas direitas e quatro esquerdas de Forno do Tijolo, Pragal. Cinco valvas direitas e dez esquerdas de Arialva. Três valvas direitas e cinco esquerdas de Pragal. Cinco val vas direltas e quatro esquerdas que provem do Corte Pragal, Porto Brandão. Uma valva esquerda recolhida 800 m. a Leste da pirâmide Rapoza. Corte de Pragal a Porto Brandão. Uma valva esquerda colhida no Corte Pragal a Porto Brandão, cam. 25. Sete valvas direitas e trinta e quatro esquerdas do Corte de Trafaria a Murfacém. Quatorze valvas direitas e dez esquerdas do Alto dos Bruxos, Trafaria, cam. 20. Lumachela com muitos exemplares da mesma localidade. Descrição: Valva direita pouco encurvada, vertice apenas curvo, não ultrapassando o bordo cardinal, ornamentada por 12 costelas principais, irregulares, bastante elevadas e sub-quadrangulares. Nas áreas laterais da concha existem, de cada lado, mais 2 ou 3 costelas finas e menos aparentes. Intervalos pouco mais ou menos de metade das costelas. Ornamentação lamelar concêntrica, fina e junta, pouco aparente a vista, mas bem visível à lupa. Orelhas regulares, encurvadas, ornamentadas de lamelas de crescimento verticais, extremamente finas, apenas visíveis à lupa. A orelha anterior tem 4 a 5 costelazinhas radiais. Valva esquerda apenas deprimida no vértice, com as áreas laterais um pouco elevadas, ornamentada por 12 costelas principais, irregulares, arredondadas e muito elevadas, um pouco mais estreitas que os intervalos, que são de fundo plano. De cada lado da concha existem mais duas ou tres costelas muito finas e pouco elevadas. Orelhas baixas, com pouca concavidade, sem costelinhas radiais, ornamentadas com lamelas de crescimento muito finas e juntas. Bordo cardinal recto. Características e referências: Fl. pragalensis nov. sp. é uma forma de pequeno tamanho. Os maiores exemplares que possuimos nao excedem 3 cm. de altura. Fl. pragalensis distingue-se da forma mais próxima, Fl. tagicus, por ser mais encurvado, ter o ângulo apical mais largo, as costelas mais elevadas e mais arredondadas, as orelhas mais pequenas, 0 bordo cardinal mais direito. A valva esquerda apresenta diferenças totais: orelhas mais altas, mais côncavas, sem costelinhas radiais, menos deprimida no vértice, costelas mais estreitas que os intervalos, e, sobretudo, as linhas de crescimento que no Fl. pragalensis sao pouco pronunciadas, são no Fl. tagicus bem visíveis e fortes, quer sobre as costelas, quer nos intervalos e superfície das orelhas. A valva esquerda de Fl. tagicus é convexa nas proximidades do bordo paleaI. No Fl. pragalensis é mais côncava. Os bordos laterais da valva esquerda de Fl. pragalensis são ligeiramente côncavos. Em Fl. tagicus são rectilineos. Cremos serem suficientes estas diferenças para distinguir a espécie descrita de Fl. tagicus. Distribução: Fl. pragalensis ocorre no HeIveciano Va e Vb da margem esquerda do Tejo. É uma forma intermédia entre Fl. tagicus e Fl. fraterculus.» OCTÁVIO DA VEIGA FERREIRA, 1953.
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«Análise
Além dos exemplares indicados no trabalho sobre as espécies novas de pectinídeos do Miocénico português [V. FERREIRA, 1953] estudámos mais uma série de indivíduos. Distribuiçáo estratigráfica
Portugal Continental — Fl. pragalensis ocorre no Helveciano Va, Vb e Vb da margem esquerda do Tejo. Não foi assinalado até o presente no estrangeiro. Localidades: Boa Vista, corte Mutela-Cacilhas, cam. 26, Praia da Palença, corte do Pragal a Porto Brandão, cam. 34, 54 e 60, Picagalo, flanco direito do Vale do Portinho da Costa.» VEIGA FERREIRA, O. DA. 1961. Pectinídeos do Miocénico da Bacia do Tejo. Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal, 45: 419-465, pls. 1-21. [p. 439]
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Flabellipecten pragalensis (Cotter) Veiga Ferreira; O. da Veiga Ferreira, 1961, Pectinídeos do Miocénico da Bacia do Tejo, plate 12, figures 72, 74, 75, 77; plate 16, figures 104, 105, 109, 112.
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